Neste Domingo da Divina Misericórdia, 24 de abril, Papa Francisco pronunciou; “é melhor uma fé imperfeita, mas humilde, que sempre volta a Jesus, do que uma fé forte, mas presunçosa, que nos torna orgulhosos e arrogantes.”
Após celebrar a missa na Basílica Vaticana neste domingo da Misericórdia, o Papa Francisco presidiu a oração do Regina Coeli. Aos milhares de fiéis e peregrinos na Praça São Pedro, o Pontífice comentou o Evangelho deste último dia da Oitava de Páscoa, concentrando-se no Apóstolo Tomé, “que representa todos nós”.
Assim como ele, disse o Papa, também temos dificuldade em acreditar que Jesus ressuscitou. Mas não devemos nos envergonhar, pois Cristo não busca cristãos perfeitos, que ostentam uma fé segura sem jamais duvidar. “Tenho medo quando vejo cristãos ou associações de cristãos que se creem perfeitos.” A “aventura da fé”, como a definiu Francisco, é feita de luzes e sombras, alternando momentos de consolação e entusiasmo, com cansaços e perdições. Mas não devemos temer as crises, pois ajudam a nos reconhecer necessitados da misericórdia de Deus, nos tornam humildes, reavivam a necessidade de Deus.
Diante das incertezas de Tomé, observou Francisco, a atitude de Jesus é única; Ele “pôs-se no meio”. “Jesus não se rende, não se cansa de nós, não se assusta com nossas crises e fraquezas. Ele sempre volta.” Jesus volta quando as portas estão fechadas, quando duvidamos, o faz, não com sinais poderosos, mas com as suas chagas. Ele espera somente que o chamemos, o invoquemos, ou como fez Tomé, prostremos, apresentando nossas necessidades e incredulidades. Ele volta porque é paciente e misericordioso, vem para “abrir os cenáculos dos nossos medos”.
Francisco concluiu convidando os fiéis a lembrarem da última vez que viveram um momento de crise e se fecharam em seus problemas, deixando Jesus de fora. E a prometeram que, da próxima vez, irão em busca de Jesus. “Assim, também nos tornaremos capazes de compaixão, de aproximar sem rigidez e sem preconceitos as chagas dos outros”.
Papa Francisco ainda explicou, “todos os domingos comemoramos a ressurreição do Senhor Jesus, mas neste tempo depois da Páscoa, o domingo ganha um significado ainda mais brilhante. Nunca esqueçamos que a misericórdia é a pedra angular da vida de fé e a forma concreta pela qual damos visibilidade à ressurreição de Jesus”.
O Pontífice destacou que a missão da Igreja é “levar o anúncio concreto do perdão” é este sinal, “traz consigo a paz do coração e a alegria do renovado encontro com o Senhor”.
O Papa ainda acrescentou, a Misericórdia aquece o coração ou o torna mais sensível à necessidade dos irmãos com partilha e participação. Em suma, faz de todos “instrumentos de justiça, reconciliação e paz”. E nos convida a retomar fortemente a graça que vem da misericórdia de Deus. Que Nossa Senhora, Mãe de misericórdia, nos acompanhe neste caminho de fé e de amor.
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