Ao final da oração do Angelus, Francisco citou Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, celebrado neste domingo, 28, e criticou indústria armamentista
Após a oração do Angelus deste domingo, o Papa Francisco recordou o 4º Dia Mundial dos Avós e dos Idosos. A data foi instituída pelo próprio Pontífice em 2021, e a edição deste ano é celebrada neste 28 de julho, com o tema “Na velhice não me abandones” (Sl 71,9).
Em sua fala, o Santo Padre frisou o não abandono aos idosos, “uma triste realidade à qual não devemos habituar-nos. Para muitos deles, especialmente nestes dias de verão, a solidão corre o risco de se tornar um fardo difícil de suportar. O dia de hoje chama-nos a ouvir a voz dos idosos que dizem ‘não me abandones’ e responder ‘não te abandonarei’”.
Francisco exortou ainda a “fortalecer a aliança entre netos e avós, entre jovens e idosos”, em um contato entre gerações que costuma incentivar. “Digamos ‘não’ à solidão dos idosos! Nosso futuro depende muito de como avós e netos aprenderem a conviver. Não esqueçamos os idosos! E uma salva de palmas a todos os avós, a todos”. Expressou.
Além disso, o Papa assegurou suas orações pelas vítimas dos deslizamentos de terra na Etiópia, ocorrido na segunda-feira, 22. Diante da realidade de tantas pessoas que sofrem com calamidades e a fome, o Pontífice criticou a produção e venda de armas, gastando recursos e alimentando guerras.
“Este é um escândalo que a comunidade internacional não deveria tolerar e que contradiz o espírito de fraternidade dos Jogos Olímpicos que apenas começaram. Não esqueçamos, irmãos: a guerra é uma derrota”, concluiu o Santo Padre.
Diante dos fiéis reunidos na Praça São Pedro, ele também fez uma breve reflexão sobre o Evangelho do dia, que narra a multiplicação dos pães, destacando três gestos realizados por Jesus durante este milagre: oferecer, dar graças e partilhar.
Ao falar sobre a primeira ação, o Pontífice a definiu como “o gesto com o qual reconhecemos ter algo de bom para dar e dizemos o nosso ‘sim’, mesmo que o que temos seja pouco em relação às necessidades”.
Recordando a oferta do pão e do vinho realizada na celebração da Missa, o Santo Padre ressaltou que este gesto pode parecer pouca coisa, “mas Deus faz disso a matéria para o milagre, o maior milagre que existe: aquele em que Ele mesmo, se torna presente entre nós, para a salvação do mundo”.
Com Canção Nova Notícias