A Sala de Imprensa da Santa Sé publicou um novo boletim com atualizações sobre o estado de saúde do Santo Padre
Eis o boletim vespertino desta terça-feira, 25 de fevereiro, publicado pela Sala de Imprensa da Santa Sé acerca das condições de saúde do Papa Francisco:
“A condição clínica do Santo Padre permanece crítica, mas estável. Não houve episódios respiratórios agudos e os parâmetros hemodinâmicos permanecem estáveis. No início da noite, foi submetido a uma tomografia computadorizada programada para monitoramento radiológico de pneumonia bilateral. O prognóstico permanece reservado. Pela manhã, após receber a Eucaristia, retomou suas atividades de trabalho.”
Rosários e missas de todo o mundo
Centenas de pessoas – apesar da chuva da tarde e da greve dos transportes em Roma – responderam ao chamado que chegou durante a manhã, para uma iniciativa que reforçou a maratona de orações que já havia começado no sábado (22/02) em várias dioceses do mundo. A última, por ordem de tempo, foi na arquidiocese de Buenos Aires, terra natal de Jorge Mario Bergoglio, onde foi celebrada uma missa nas Villas Miserias.
As notícias sobre a saúde do Papa – com momentos de maior sofrimento no sábado (22/02) e uma “leve melhora” anunciada no boletim do Vaticano na noite de segunda (24/02) – desencadearam há dias um movimento de afeto e proximidade com o Pontífice de 88 anos que tomou a forma de terços e missas. Naquela oração que, sempre, ao final de cada discurso ou catequese, ele pedia para si mesmo porque “é como uma armadura para cada pastor”.
Cardeais e chefes de dicastérios presentes
Um clima temperado e uma atmosfera íntima permearam a noite que reuniu cerca de 30 cardeais, entre outros, Tagle, Ouellet, Prevost, Artime, Bagnasco, Feroci, Semeraro, Burke, Müller, Becciu. Outros, como o cardeal Czerny, estavam sentados entre as pessoas. Também estavam presentes a Irmã Raffaella Petrini, que em uma semana estará à frente do Governatorato do Vaticano, e vários colaboradores da Cúria ou da diocese de Roma.
A oração do terço
Da multidão presente na Praça, era possível ver os terços nas mãos dos fiéis que rezavam os Mistérios Gozosos em meio ao canto da Schola Cantorum, às ladainhas e à leitura do Evangelho de Lucas sobre a Anunciação. Alguns permaneceram de pé o tempo todo, outros sentados, alguns rezaram em silêncio, outros em sussurro. Alguns trouxeram a bandeira do seu país, uma foto do Papa (em papel ou no celular), uma vela ou até mesmo uma lanterna. Todos seguiram o terço olhando para o palco onde o Papa preside as missas e as audiências de quarta-feira. Nesta segunda (24/02), o ícone de Maria Saúde dos Enfermos estava lá. A ela, o cardeal Parolin confiou o Papa Francisco.
Parolin: uma intensa oração pelo Santo Padre
“Nos Atos dos Apóstolos é relatado que a Igreja rezou intensamente enquanto Pedro era mantido na prisão. Por dois mil anos, o povo cristão reza pelo Papa que está em perigo ou está doente”, disse o secretário de Estado. “Mesmo nestes dias em que o Santo Padre Francisco foi internado no Hospital Gemelli, uma intensa oração está sendo elevada por ele ao Senhor, através de fiéis e comunidades cristãs em todo o mundo”.
“A partir desta noite”, anunciou Parolin, ”também queremos nos unir, publicamente, aqui na sua casa, com a oração do Santo Rosário. Nós o confiamos à poderosa intercessão de Maria Santíssima, a quem invocamos sob o título de Salus infirmorum. Que Ela, que é nossa Mãe zelosa, o ampare neste momento de doença e de provação e o ajude a recuperar a saúde em breve”.
O desejo do povo
O sinal da cruz e os aplausos encerraram a noite. De fundo, um eco do coro habitual de “Viva o Papa”. Tudo isso durou cerca de 45 minutos. Enquanto a multidão saía, havia aqueles que se aproximaram do obelisco e permaneceram na praça: freiras espanholas, um grupo de fiéis chineses, um grupo ainda maior de padres filipinos. E até mesmo um padre colombiano, há anos em missão na Mongólia: “é um momento ruim, mas estamos com ele”, comentou.
Com Vatican News